segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Lealdade: a conduta do Reino



Vivemos uma crise de valores sem precedentes. Nunca, em todas as gerações, houve tantas falhas de comportamento e testemunho, cujo resultado que se evidencia é a deslealdade. Hoje, no mundo, há falta de pessoas leais e fiéis que honrem sua palavra e seus compromissos. Vivemos em uma geração que carece de fidelidade e lealdade. E isto está se refletindo na igreja hoje!

O que é lealdade? Ser leal é o propósito ou devoção de fidelidade a alguma pessoa, a uma causa, esse é o significado da palavra lealdade. (dicionário virtual). Leal é alguém em quem é possível confiar e que cumpre suas obrigações legais, alguém que não falha com os seus compromissos, que demonstra responsabilidade, honestidade, retidão, honra e decência.

Rebeldia e Deslealdade
A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que foram leais e de outras que foram traiçoeiras e há muito do que se aprender com esses relatos. Um exemplo clássico é de Arão e Miriã.
Miriã foi rebelde, se levantou contra uma liderança, mas Arão foi desleal, pois não defendeu Moisés e ainda ficou do lado de Miriã. Num 12:1-2.

Muitos não têm chegado a ponto de ser rebeldes, mas tornam-se desleais, pois ouvem falar mal ou criticar sua liderança e se calam, consentindo. Não são rebeldes porque não participam, mas são desleais porque consentem.

1) Lealdade é um requisito para o Ministério
Uma pessoa inexperiente, sempre pensará que quanto mais dons, carisma, talento, simpatia, mais estará qualificado para o ministério. Porém as pessoas mais qualificadas para o ministério dentro da igreja são as que possuem a marca da fidelidade e lealdade. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel”. (I Coríntios 4:2).

Judas Iscariotes andou com Jesus muito tempo, aprendeu sobre o reino dos céus junto com todos os outros, mas guardava em seu coração a deslealdade. Na primeira oportunidade rompeu sua aliança por 30 moedas de prata e perdeu a vida. Judas tinha uma falha no caráter, e não permitiu mesmo durante seu discipulado com o Mestre, que durou 3 anos e meio, ser curado por completo na alma. Jesus disse: “Quem não é comigo, é contra mim” (Mateus 12:30).

2) Estágios da Deslealdade

a) Espírito Independente: acredita que já sabe tudo, que já viu de tudo, que tem muita experiência, não tem muito o que aprender. Se afasta e começa a fazer caminhos paralelos.

b) Ofensa: uma pessoas ferida fere. Quando ofendida não consegue perdoar. Não lida com seus ressentimentos e estes quando ignorados, apenas crescem.

c) Passividade: depois de ressentida a pessoa se torna passiva, indiferente. Se fecha, cruza os braços, abandona suas obrigações e espera que todo mundo perceba sua alma ferida.

d) Estágio Crítico: observa as falhas dos outros e amplia através dos seus comentários.

e) Estágio Político: neste estágio, começa a manipular pessoas para se unir à sua causa. Começa a agir com vingança e se torna um perigo para a unidade. Nasce aqui um coração de rebelião.

f) Engano: Quando a pessoa se acha maior do que seu líder, está debaixo de um espírito de engano.
O engano entra quando perdemos o discernimento de quem somos. Lúcifer quis colocar seu trono acima de Deus, e Deus o colocou embaixo dos pés do homem.

g) Rebelião escancarada: O desleal se revela por atitudes de ciúme e também inveja. Luta aberta contra autoridade. O que sai da boca é para discordar e contaminar.

h) Pena de morte: A sentença da deslealdade é a pena de morte. Acaba o acesso, o privilégio, perde-se a vida, este é o fruto da rebelião. 

Assim aconteceu com...
Lúcifer quando perdeu sua posição de querubim e o privilégio do céu.
Adão quando perdeu o privilégio do Éden e o acesso ao jardim. 
Judas Iscariotes, quando saiu da equipe de Jesus e perdeu a própria vida.
Ananis e Safira, quando mentiram a Pedro e ao Espírito Santo sobre o valor da oferta.

3) A honra é a colheita que os leais experimentam
Um líder de visão sabe honrar aqueles que permanecem com ele nos tempos difíceis; estes são diferentes daqueles que chegam quando tudo está bem. E ficam só enquanto as coisas estão boas.

Jesus disse: “E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. E eu vos destino o Reino, como meu Pai me destinou, para que comais e bebais à minha mesa, no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (Lucas 22:28-29).

Em tempos bons todos parecem leais. Porém, os leais são reconhecidos em tempos difíceis. Tem pessoas que são leais aos times de futebol, a uma loja, a uma marca, mas não conseguem ser leais à igreja e à liderança. Todo pastor é grato a Deus pelos discípulos que estão com ele em Aliança!

A bíblia registra história de pessoas leais, vejamos um dos muitos exemplos:

No período da fome, Órfa e Rute perderam seus maridos. Noemi era a sogra das duas.
Órfa não quis mais andar com Noemi enquanto Rute, por amor e por aliança queria continuar a cuidar da Sogra, que havia perdido o marido e os dois filhos.

Rute, porém, respondeu: "Não insistas comigo que te deixe e que não mais te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus! Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo o rigor se outra coisa que não a morte me separar de ti!"

Resultado da lealdade de Rute: O tempo da fome foi agora substituído pelo trigo que a própria Rute colhia nos campos de Boaz, o homem com quem ela veio a se casar. Noemi se alegrou com este casamento mas ficou muito mais feliz quando pôde colocar em seus braços já cansados o pequeno Obede, filho de Rute e Boaz. A Bíblia nos diz que "... Noemi tomou o filho, e o pôs no seu colo, e foi sua ama. E as vizinhas deram um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E deram-lhe o nome de Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi" (Rute 4:16-17).

Deus restituiu a Rute, seu casamento, seu sonho de ser mãe, e ela veio a se tornar a progenitora de Obede, pai de Jessé, pai de Davi. É por meio de pessoas de aliança que Deus abençoa as futuras gerações!

Quem é leal coloca seus interesses e vaidades em segundo plano, pensa sempre no bem comum, age com responsabilidade, diligencia e firmeza.

Lealdade é um hábito de quem tem caráter elevado, personalidade marcante sempre trancendendo o lugar comum daqueles que que giram em torno de si próprio. Quem sabe ser leal apoia os seus, do começo ao fim, aconteça o que acontecer.

A bíblia fala sobre os leais: "A sinceridade dos íntegros os guiará, mas a perversidade dos aleivosos os destruirá". "A justiça do sincero endireitará o seu caminho, mas o perverso pela sua falsidade cairá". Provérbios 11:3,5

Quem é leal não se acovarda, não espera “para ver como as coisas ficarão”, coloca-se de imediato ao lado do outro e da sua classe. Enfrenta com coragem os desafios que se apresentam, pois sabe que seu companheiro faria o mesmo por ele.

Lealdade vem acompanhada de confiança, desprendimento, fraternidade, grandeza, altivez, sacrificio, bons costumes, principios morais, dignidade e renúncia.

Ser leal então é se revestir com a capa da honra, é beber do cálice da verdadeira amizade, quase um sinal da santificação do espirito e se colocar em degraus muito próximos do lar celestial. 

Sejamos um povo de aliança, 
em Cristo..

Ap. Rogério Ferreira
Uma pequena parte extraída do livro
Lealdade & Deslealdade - Dag Heward Mills

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Deus de Verdade e Crentes de Mentira


“Tornou-lhe Pedro: Por que entrastes em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e eles também te levarão.” Atos 5:9
O episódio narrado em Atos 5 é um hiato chocante na vida de uma comunidade feliz. A igreja de Jerusalém vivia um profundo mover de generosidade produzido pelo Espírito Santo. Movidas por amor, sem nenhuma pressão legalista, as pessoas ofertavam seus bens em meio a milagres e muitas conversões. De repente, a festa é interrompida pelo juízo de Deus sobre um casal.
A cena, mais parecida com as histórias do Antigo Testamento, é para marcar a memória da igreja. Deus poderia tratar Ananias e Safira mais “discretamente”, ou até mesmo “deixar passar” sua atitude, mas não o fez porque queria gritar, não apenas no meio daquela congregação, mas para toda a igreja: “Eu não tolero crentes de mentira!”.
A reprovação radical à atitude de Ananias e Safira deve ser entendida por nós como uma rejeição radical a todo suposto cristão que não viva uma vida autêntica na presença do Senhor e do seu povo.
Crentes de mentira investem em aparentar o que não são. O grande pecado desse casal não foi não dar tudo o que tinha em mãos como oferta, mas aparentar que estavam dando. Eles queriam parecer mais espirituais do que estavam realmente dispostos a ser, queriam apenas construir uma imagem diante da igreja.
Ou pagamos o preço para ser ou teremos que pagar o preço por simplesmente aparentar. Saul é um exemplo de alguém que tornou-se crente de mentira preocupado apenas com a sua imagem. Rei de Israel levantado por Deus, ele perdeu o trono porque, a partir de certo momento, estabeleceu seu próprio padrão de viver, à revelia da Palavra, mas quis apresentar-se diante do profeta Samuel e do povo como um servo fiel, coisa que ele já havia deixado de lado.
O chamado cristão é para a autenticidade. Deus não quer que a igreja seja um grande teatro de pessoas que encenam bem. Paulo, escrevendo I Coríntios 5:8, diz: “Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”.
Outra característica comum nos crentes de mentira é que eles entregam ofertas parciais, mantém com Deus um relacionamento cheio de reservas, com o freio de mão puxado. Eles nunca pulam de cabeça, nunca aceitam tudo, nunca entregam tudo. Não há inteireza em suas vidas espirituais.
Diz a Bíblia que Ananias “em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos” (vs. 2). Sua mentalidade é semelhante a de Caim, que quis conquistar espaço diante de Deus sem dar o melhor, sem consagrar tudo. Enquanto Abel trazia primícias, ele trazia restos e esperava ser aceito da mesma forma.
Aprendemos com o episódio de Ananias e Safira que crentes de mentira permitem que Satanás lhes encha o coração. Como eles não têm um pacto radical com a Verdade (que é Cristo), mantém uma conexão aberta com o pai da mentira, Satanás, e se abrem para uma constante ministração maligna. Foi esta a sentença que Pedro deu, ao dizer: “Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?” (vs. 3).
Toda vez que admitimos a falsidade, em qualquer nível, abrimos brechas para a ação demoníaca em nossas vidas. Jesus em Mateus 5:3, disse: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”. Claramente Ele está apontando a fonte geradora e fomentadora de toda falsidade e engano: o reino das trevas. Não tenho dúvida em afirmar que muitos crentes permanecem com áreas de suas vidas sob regência demoníaca por não andarem na luz e manterem o engano em seu comportamento.
Crentes de mentira comumente não reconhecem o manto de Deus na vida de seus pastores. Ao tentarem enganar seus líderes espirituais, Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo. Foi isso que Pedro disse, ao sentenciar: “Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (vs. 4). Sabemos que a rigor eles estavam tentando enganar os apóstolos, mas quando tomamos esta atitude diante de autoridades levantadas por Deus, é como se o fizéssemos ao Senhor. Nossa relação com nossos líderes espirituais é um reflexo de nossa relação com Deus. Se os honramos, honramos a Deus. Se tentamos enganá-los, escarnecemos do Espírito Santo que os levantou.
O mais terrível é que chega uma hora em que os crentes de mentira não se quebrantam diante do tratamento de Deus. Ao ser confrontado, Ananias deveria lançar-se ao arrependimento. Deus é um Deus de perdão. Mas ele estava tão refém do espírito de falsidade que não esboçou nenhuma confissão. Por isso morreu.
A confissão é a única maneira de quebrar o poder da falsidade. Em Tiago 5:16,19-20, lemos: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados... Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.”
Crentes de mentira também fazem pactos de falsidade. Ananias buscou e encontrou uma parceira para sua farsa. Safira, sua mulher, entregou-se ao mesmo espírito. E os dois fizeram um acordo de morte! É isso que vemos nos versículos 2, e do 7 ao 9.
Cuidado com os pactos de engano! Toda vez que um crente decide acobertar na vida de outro algo que fere a santidade da igreja, está se tornando cúmplice e se colocando debaixo do mesmo juízo de quem peca. Esse, mais cedo ou mais tarde, será desmascarado e cairá, pois Deus não se deixa escarnecer. Ele sabe o poder que a falsidade tem de minar a vida da igreja. Por isso sempre se colocará como Juiz contra tudo o que não se baseia na verdade. “Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido. Porque tudo o que dissestes às escuras será ouvido em plena luz; e o que dissestes aos ouvidos no interior da casa será proclamado dos eirados” (Lc 12:2-3).
Fonte: Pr. Danilo Figueira

sexta-feira, 30 de maio de 2014



Ele nasceu em 1958, na província de Henan, China. De um lar extremamente pobre e filho de um pai de temperamento violento, viu a situação de seu lar piorar quando inimigos acusaram seu pai perante a Guarda Vermelha (Polícia do governo comunista chinês), sendo este espancado e torturado várias vezes e até quase a morte, pela acusação de ser contra a política do governo.
Como a Bíblia era proibida e pregar o evangelho era um crime contra o Estado, uma experiência com Cristo só poderia acontecer de uma forma extremamente sobrenatural. Mas foi exatamente assim que aconteceu com sua mãe, ao ouvir certa vez uma voz compassiva e carinhosa sobre o amor de Jesus. O seu curto entendimento não impediu que ela conduzisse sua família a crer que somente Jesus era a esperança para salvar seu marido que estava à beira da morte.
O irmão Yun bradava “Jesus, cura o Papai”. O Senhor operou um milagre e restabeleceu sua saúde. O Senhor entrou na história da família de Yun, quando sua mãe passou a pregar o evangelho e a reunir irmãos em sua casa, algo considerado crime de traição ao governo comunista.
A Bíblia
Yun quase enlouqueceu por uma Bíblia. Nunca tinha sequer visto uma bíblia, era crime possuí-la. Não conhecia nada das escrituras. Sua mãe além de não conhecer também nada, era analfabeta, tudo que fazia era por absoluta revelação do Espírito Santo.
Passou a orar freneticamente pedindo uma Bíblia, passando momentos longos de jejum. Seus pais pensaram que ele estava enlouquecendo. Após três meses de oração, um dia, às 4 horas da madrugada, quando Yun estava orando, teve uma visão:
“Na visão eu subia uma colina íngreme, tentando empurrar um carrinho pesado … Nesse momento vi três homens descendo a colina na minha direção … Um deles empurrava um carrinho cheio de pães…e perguntou-me: ‘- Você está com fome?’ Sim… E eu chorei , pois minha família era extramamente pobre e tínhamos perdido tudo por causa da doença do papai … vivíamos de ajuda dos outros. Ele pegou um pacote contendo pães e disse: ‘- Coma imediatamente’. O pacote imediatamente virou uma Bíblia. Logo acordei e passei a procurar a Bíblia, e ao descobri que tinha sido só um sonho, comecei a chorar incontroladamente. Meu pai me segurou com força e bradou: ‘- Senhor, tem misericórdia do meu filho. Não permitas que ele enlouqueça.’ De repente alguém bateu a porta e chamou por mim … eu corri e perguntei se ele estava trazendo pão para mim … o homem respondeu: ‘- Temos um banquete para você’. Abri a porta e vi que era o mesmo homem do sonho, com um pacote vermelho, tendo uma Bíblia dentro. Os dois logo se foram. Mais tarde descobri que era de um servo do Senhor que tinha sofrido violentamente nas mãos governo por causa de sua fé em Jesus … ele teve uma visão que deveria dar uma Bíblia para um jovem em uma vila distante.
O Evangelismo
Como carregar a Bíblia poderia lhe causar a morte, o irmão Yun passou a decorá-la. Rapidamente memorizou os evangelhos. Tinha apenas 16 anos, quando o Senhor expressamente começou a lhe enviar a lugares diversos para pregar o evangelho. Na primeira vez, quando o Senhor lhe falou sobre uma vila próxima, quando ele estava na madrugara orando e decorando o livro de Atos, logo pela manhã encontrou um homem desconhecido que lhe disse: ‘Recebi a incumbência de levá-lo rumo ao oeste, até a Vila Gao, para você falar do evangelho. Estamos em jejum e oração há três dias por isto.’ Yun prontamente foi lá e teve sua primeira experiência de ser um “criminoso”, ao pregar o evangelho:
“Entramos numa casa com 40 pessoas. Assentei-me no chão e os demais se apertaram a minha volta. Eu estava nervoso, porque eu nunca tinha falado para um grupo … Fiquei assentado , com os olhos bem fechados e segurei a Bíblia acima da cabeça. Então disse: ‘Esta é a Bíblia … um anjo do Senhor a mandou. Se quiserem uma terão de orar e buscar a Deus como eu fiz’. Eu não sabia como pregar, só sabia recitar os versículos que decorei. Por isto recitei todo o evangelho de Mateus, sem saber se estavam entendendo algo … Estava cheio do Espírito Santo, cantava alguns cânticos da escritura …. músicas que eu não conhecia. Ao abrir os olhos todos estavam ajoelhados e chorando de arrependimento”.
Perseguição
Após o casamento, Yun foi preso novamente e por um milagre tremendo do Senhor, conseguiu escapar das mãos das autoridades, que o espancavam brutalmente. Passou então a ser considerado um foragido e tendo sua foto espalhada por diversas províncias, com o titulo de ser ‘um perigoso criminoso’.
“No inverno de 1978, começamos a batizar os convertidos. A única maneira segura era cortar um buraco no rio congelado, à noite, e batiza-los nas águas gélidas, enquanto os policiais dormiam. Multidões se convertiam todos os dias.” Havia muitas conversões milagrosas, como em regiões remotas e de difícil acesso, pessoas tinham experiências de pregação do próprio Senhor Jesus.
A situação de Yun piorou quando ele acusou diretamente alguns líderes da ‘Igreja dos três poderes’ de falsificadores da Palavra de Deus. Além de perseguido pelo governo, passou a ser caçado pela liderança da ‘Igreja dos três poderes’. Por várias vezes Yun relata fugas milagrosas das mãos de policiais cruéis. O livro é recheado de histórias que nos fazem lembrar as experiências de Paulo e de Pedro, no livro de Atos.
A Lição da Prisão
Finalmente preso e tremendamente espancado pela polícia, lhe foi prometido a liberdade se ele entregasse os líderes das igrejas domésticas. Condenado a 17 anos de cadeia, passou por sofrimentos inimagináveis. Os policiais foram instruídos a tratar mal todos os presos de sua cela, para que estes se revoltassem contra Yun. Não demorou para que fosse odiado por todos, que o passaram a espancar, jogar urina e fezes em seu rosto e roupas. Ainda havia o espancamento sofrido por policiais, tais como choques elétricos dentro da boca e outras torturas insuportáveis, como introdução de agulhas grandes entre suas unhas, enquanto policiais pisavam em suas mãos e pés, além de urinarem em seu rosto. Tudo tinha como objetivo que ele entregasse os outros irmãos para serem presos, em troca de sua liberdade.
O Jejum de 74 dias
Yun começou um jejum absoluto que durou 74 dias: sem água e comida. Passou a pesar menos de 30 quilos e continuou sendo torturado violentamente por presos e policiais. “Durante o jejum, embora meu corpo estivesse muito fraco, meu espírito se achava alerta e continuei confiando no Senhor.” Mas, o Senhor operou um tremendo milagre, quando todas as pessoas da sua cela foram tocadas pelo poder do evangelho e se converteram a Cristo. Yun teve os ossos de suas pernas esmigalhados a golpes de cassetetes, mesmo assim o Senhor operou um milagre, não só restaurando seus ossos, mas levando-o para fora da prisão, tal como aconteceu com Pedro e João no livro de Atos. As portas foram abertas e ninguém o via, até que ganhou o lado externo do complexo penitenciário.
Trabalho Atual
Após uma breve abertura política na China, Yun pôde pregar o evangelho com mais liberdade, fase em que o impacto da obra que Deus iniciou através dele e outros irmãos causaram enorme impacto em toda China. Mas, a brutalidade do regime reacendeu e as igrejas domésticas voltaram a ser duramente perseguidas, com assassinatos, prisões e torturas de todo tipo. Yun conseguiu fugir milagrosamente da China em 2001, escapando da morte, em mais uma notável intervenção divina. Este irmão continua completamente voltado para a obra que o Senhor chama a todos os cristãos : anunciar a Cristo e seu evangelho. Após contatos com cristãos ocidentais, o Irmão Yun observou: “No ocidente vejo templos belíssimos e equipamentos caros. Posso afirmar que não é preciso construir mais nada, pois os bens materiais não produzirão a vida do Senhor. A igreja ocidental precisa voltar à palavra do Senhor, pois ela tem faltado. Não é necessário simplesmente o conhecimento da palavra, mas a completa obediência a ela.”
Hoje ele trabalha com uma missão chamada “Back to Jerusalem”, voltada a envio de missionários a países que perseguem duramente os cristãos, notadamente nos países muçulmanos.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dom de Línguas, verdadeiro ou falso?

Decidi escrever este post depois de receber esse vídeo no facebook. É um vídeo que fala sobre o DOM DE LÍNGUAS e ele menospreza esse dom, como sendo desnecessário e inclusive falso. Pois bem, caso queiram assistir o vídeo, está aí abaixo e logo em seguida minha refutação em vários pontos que julguei necessário esclarecer, contrariando todo o conteúdo deste vídeo!


Segue minha refutação e esclarecimento bíblico acerca desta prática cristã, tão importante.

1- A Bíblia fala da línguas dos homens e dos anjos (1 Co 13.1).

2- João Batista falou que Jesus batizaria com o Espírito Santo e também com fogo, fazendo alusão ao Revestimento de Poder (Mt 3:11)

3- Jesus precisava ir ao céu para o Espírito Santo vir a terra, por isso, você não encontra narrativas dele orando em línguas (Jo 16:7)

4- Ele prometeu o Espírito Santo aos crentes e o revestimento de poder que seria proporcionado aos que recebessem o dom (Lc 24:49)

5- O Pentecostes foi a primeira experiência, os discípulos foram confundidos por estarem embriagados, e suas línguas eram idiomas de várias nações reunidas em Jerusalém (At 2:1-13)

6- Pedro anunciou que quem se convertesse estaria apto a receber este dom também, o batismo no Espírito Santo (At 2:38,39)

7- Os gentios (não judeus) receberam o dom de línguas, e aqui não tem menção nenhuma serem idiomas de nenhuma nação estrangeira e sim a "glossolalia" que magnifica a Deus. (At 10:44-47)

8- Em Éfeso, o batismo no Espírito Santo e o falar em línguas "estranhas" é transferido pela imposição de mãos (At 19:1-6). Além de falar em línguas, profetizavam! Profecia é outro dom do Espírito Santo! (1Co12:10)

9- Não devemos ser ignorantes quanto aos dons espirituais (1 Co 12.1)

10- O dom de línguas é chamado de "língua desconhecida", portanto, não é um idioma inteligível e que se entende naturalmente como inglês, espanhol, francês, alemão, etc... (1Co 14:2)

11- Quem fala em línguas não fala aos homens, por isso os homens não entendem, mas fala em espírito mistérios com Deus (1Co 14:2)

12- Paulo ensina que quem fala em línguas "desconhecidas" edifica a si mesmo (1Co 14:4)

13- Paulo desejava que todos falassem em línguas (1 Co 14.5)

14- diz também q nem todos falam em outras línguas (1 Co 12.29,30)

15- As línguas "desconhecidas" são um sinal para os descrentes, infiéis, enquanto que a profecia, um sinal para os crentes. Cada dom cumpre um papel específico e não deve ser rejeitado! (1 Co 14:22)

16- Paulo também ensina que as línguas "desconhecidas" tem seu lugar no culto a Deus, quando nos reunimos. (1Co 14:26).

17- Ele ensina sobre fazer tudo com ordem e decência, não querendo que as "línguas desconhecidas" tomem conta do tempo de todo o culto, mas também não diz em MOMENTO ALGUM para se CALAR e não falar. Apenas diz para não atrapalhar o andamento do culto, da liturgia, pois sua finalidade não é pública e nem coletiva e sim edificação própria. O versículo diz: "...se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus" (1Co 14:28)

18- A interpretação e a profecia, por ter característica pública e não pessoal, tem prioridade no Culto, mas não significa que o dom de línguas não tem valor, ou deva ser menosprezado! (1Co 14:29-31)

Escrevi de próprio punho, logo que vi este vídeo, horrível por sinal, uma verdadeira aberração, contrária ao ensino verdadeiro das Escrituras, e que precisa ser confrontado pois transmite uma heresia ao Corpo de Cristo!

Como defensor da fé e da verdade bíblica, decidi escrever afim de ajudá-los a esclarecer essa prática, tão importante na fé cristã.

"Meu povo perece, por que lhe falta conhecimento..." Oseias 4:6

"Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem." 1 Timóteo 4:16

"Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos" 2 Timóteo 4:2-4

Cheio do Espírito Santo e falando diariamente em outras línguas,
com amor, Ap. Rogerio Ferreira.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Crente com Roupa Decente e Vida Indecente


Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. 1 João 2:16
Mundano era um termo que as igrejas pentecostais aplicavam aos crentes que não cumpriam a “sã doutrina”. A “doutrina” dentro daquele quadrante religioso, na maioria das vezes era um conjunto de usos e costumes que deveriam ser observados pelos membros locais, como doutrina – e sabemos que costumes locais por melhores e mais virtuosos que sejam, não podem ser colocados como doutrinas bíblicas universais. Muitas injustiças sem qualquer base foram cometidas colocando para fora daquelas comunidades gente crente pra valer, que tinha “tropeçado” num cabelo cortado, numa saia rachada, num aparelho de rádio, de TV ou quem sabe, num banho de praia. Um grupo cristão que não permite a seus aderentes viverem, se socializarem e se informarem de modo sadio e equilibrado é tudo menos cristianismo; é um fundamentalismo sem fundos, sem base e sem sentido evangélico e humano.
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou. João 17:14
Outrossim, a bíblia é realmente contra o mundanismo e faz afirmações a respeito (Jo 15:19; 1 Jo 2:15) As Escrituras revelam que mundanismo é o modo de viver do mundo sem Cristo e em oposição à vontade de Deus. É um sistema de valores de qualquer cultura que faz com que o pecado se torne normal e aceitável e o que é correto e decente pareça estranho e detestável. Deste modo a definição torna-se ampla e abrangente e acaba por envolver comportamentos, práticas e padrões que sintetizam esse antagonismo à Deus e sua revelação a raça humana. 
Analisando a base bíblica e teológica sobre mundanismo, percebo que a compreensão do assunto pela maioria de nós, ainda é por demais tendenciosa e exteriorizada.Tendenciosa por que ao pensarmos em mundanismo, construímos nossa avaliação sobre o padrão doutrinário que herdamos, e se estas normas forem heranças fundamentadas em costumes e bulas de comportamentos locais, ligaremos o conceito ao que as pessoas falam, vestem e veem (não quero dizer que tal prisma da avaliação esteja errado, o que digo é que não retrata a questão com a amplitude e enfoque necessários). 
Bem, se geralmente analisamos mundanismo por meio de tendências da moda, gírias do momento e comportamentos da hora do homem moderno,fatalmente cairemos no segundo erro desta abordagem: daremos ao mundanismo um sentido muito exterior à vida das pessoas.
Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. Mateus 15:19
É verdade que ser mundano é viver impiamente, é também vestir-se escandalosamente, falar torpezas, defender injustiças, imoralidades e sobretudo descumprir as Escrituras sem qualquer temor. Não obstante à colocação, precisamos salientar que a influência do mundanismo na vida de um crente estará totalmente ligado ao domínio do seu “eu”. E quando interiorizamos a discussão do termo em sua amplitude bíblica, chegaremos a inevitável batalha do espírito contra a carne (Gl 5:17); e tanto é verdade que o próprio Cristo, assimilou o mundanismo notado na vida e atitudes dos homens a partir do momento em que determinou o interior do ser humano como o ponto de origem para toda a impiedade e mundanismo manifestos – o coração (quando a bíblia fala de coração, dando ao termo um sentido de sede da alma ou centro das emoções a linguagem é figurada). Não defendo a coexistência do bem (Deus) e do mal (Satanás) como um dualismo necessário a prática e equilíbrio moral do livre arbítrio humano; mas, no campo de nossas experiências terrenas temos uma bipolaridade intrínseca à nossa própria natureza: espírito e carne. Precisamos permitir ao espírito que o ponto extremo de polaridade carnal seja controlado afim de vencermos o mundanismo residente na natureza do velho homem (Ef 4:22).
Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Mateus 23:27
A questão é que a exibição do mundanismo não é só roupa curta, sensualidade, gírias, prostituição. Há mulheres cristãs com saias que tocam o chão e homens cristãos que andam pra cima e pra baixo de terno e gravata que são tão mundanos quanto qualquer libertino praiano com pouca roupa. O mundanismo é sutil, sorrateiro e sobrevive nos recônditos de nossa natureza
Somos mundanos quando vivemos com as mesmas aspirações e comportamentos do homem sem Deus, quando pagamos o mal com o mal, quando mentimos em benefício próprio, quando desejamos a mulher do próximo, quando invejamos o sucesso alheio, quando tentamos subornar o guarda de trânsito, quando furamos filas, quando enxertamos mentiras em currículos, quando participamos de negócios escusos, quando recebemos propinas, quando apresentamos atestados falsos em nosso trabalho, quando mentimos para nossos cônjuges para acobertar nossas derrapadas, quando não honramos nossos compromissos na praça (e o que tem de crente com o nome sujo é uma vergonha).
Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. Tiago 4:4
Quem quiser viver uma vida diferente do mundo, encontrará problemas com o sistema mundano, foi Jesus que nos alertou sobre isso (Jo 15:18-19). A única maneira de opor-se ao modo de vida mundano é viver a autêntica vida cristã, permitindo ao Espírito Santo que desenvolva em nós a salvação em seu aspecto presente e progressivo de santificação (Jo 17:17; Hb 12:14). Uma outra arma contra o mundanismo é a fé (1 Jo 5:4); e para darmos apoio à essa consciência moral e vida justa para cumprir a vontade de Deus e ter comunhão com Ele, precisaremos renunciar a nós mesmos (Mt 16:24). E aí chegamos ao ponto em que a maioria dos cristãos desta nação tem dificuldade de por em prática, pois estão sendo doutrinados acerca de um deus atendente das vontades mais ímpias, mundanas e perversas deste tempo. 
Que o Senhor tenha misericórdia de nós e fortaleça nossas vidas em Cristo Jesus!
Fonte: Silvio Costa - Blog Cristão Capixaba

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